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A mostrar mensagens de setembro, 2019

Ecos da Existência V

Fustigado pelo vento o flexível bambu não quebra   dança                     * Mínimas que sejam as ondas deixam suas marcas na praia                     * Os sonhos raramente se cumprem mas o seu rasto é perfeito não raro melhor que o próprio sonho

Ilusões

O que resta do que vemos lemos   ouvimos   gostamos são fragmentos cruzamento de olhares pressentimentos ecos doutros lugares de vários tempos Incapazes de apreender o real costuramos no momento vislumbrados fragmentos quebrados    inconsistentes nostálgicas ilusões da mente Somos breve aragem esfumada lente deformada conta de vidro caleidoscópica corrente de indecifrável sentido uma paisagem criada ou recriada a ninguém pertence

Ecos da existência IV

Hoje é menos voluptuoso o faiscar do rio mas mais misterioso neste Verão tardio * O céu escurece o canto da passarada agradavelmente ensurdece                   * Cada momento é uma encruzilhada sobre o nada uma escolha de ilusões desenhadas na água

Um grão de infinito

O mundo é um escaparate e a vida um abismo mas em tudo escavando há o riso e o pranto a dor e o canto o silêncio e o grito um sopro    uma asa um lugar    uma casa um grão de infinito