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A mostrar mensagens de julho, 2022

Confiança

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Foto: Alda Carvalho Confiança palavra tão necessária mas tão precária sempre a vacilar sempre a precisar de sinais   Carecemos da confirmação do outro de outro modo duvidamos desesperamos entristecemos   Rejubilamos se surge uma prova por menor que seja até que o silêncio nos faça duvidar de novo   Precisamos a todo o instante de ver para crer de sentir para saber de ouvir para acreditar senão a confiança pode-se esfumar      

Do amor aos netos

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Foto: Alda Carvalho   Como uma torrente sinto a alegria transbordar ao contemplar o sorriso e os anseios os devaneios dos meus netos   Alegria pura olhos de espanto riso tão pronto inundam-me a alma e os reflexos da alegria da sua voz a escorrer por mim dão-me energia que me transfigura   O seu calor e os abraços que de tão fortes quase sufocam num só corpo nos fundem e nos confundem no mutuo amor  

O que nos poderá salvar

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Foto: Alda Carvalho O que existe se não é olhado permanece na sua quietude numa vaga sombria de possibilidades como se nunca houvera existido   E mesmo se olhado e narrado se as consequências não o prolongarem ficará adormecido e incólume à nossa angústia   Quanta existência nos pode torturar por não percebermos por não querermos perceber   por não querermos aceitar por nos podermos culpar   e há avassaladores momentos em que nem sequer vislumbramos o que nos poderá salvar

Somente um grito

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  Foto:Alda Carvalho Somente um grito um grito agudo ou sussurro apenas somos uma pergunta um desalento ou um chamamento   Somente um grito atravessando o deserto da nossa vida clamando um eco o reflexo de alguém   Somente um grito por vezes o vento responde  atirando areia   contra a nossa face riscando nossa pele   Somente um grito alegre ou ansioso a nossa maneira a nossa bandeira está sempre em nós   Somente o grito a nossa voz esperando uma resposta um ombro ou um abraço a comprovar não estarmos sós  

Remoinhos

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Foto: Alda Carvalho Serão as pedras que silenciosas se deixam afagar pelas águas revoltosas   ou serão as águas que desesperam por não poderem as pedras trespassar pelejas travadas e seus remoinhos por vezes são danças de amores e carinhos

Rastros

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  Encaustica: Alda Carvalho No caminho que percorri o que deixei de mim qual a marca da minha pegada que sobreviveu ao nada    fora eu uma luz mesmo trémula que aquecesse corações uma centelha mínima  atravessando o tempo   uma pequena partícula incandescente que brilhasse mesmo que por um só momento ou um pequeno grão de esperança no deserto do desespero semeador de luz algo em aberto já estaria certo