Outono
As árvores tingem-se
de tons de ouro e carmim
e despem-se devagar
ajudadas pelo vento
suas folhas tapetam
o chão das mesmas cores
Também eu tal como as árvores
dispo as minhas
roupagens
e tapeto o caminho
com as minhas ilusões
Só não tenho a sua
suavidade nem o seu fulgor
Também na minha rua existe uma árvore que se despe no Outono e se veste na Primavera, aparecendo com uma transformação tão grande entre estas estas estações.
ResponderEliminarTambém nós podemos sonhar e ter as nossas ilusões porventura se o destino quiser, elas acontecerão.
Alberto
Será que este outono é o da vida? Deve ser, pois este verão ainda nos aquece com o seu fulgor e por ele é que tiramos as nossas roupagens.
ResponderEliminarNo outono da vida, a sabedoria permite-nos despir as ilusões e atapetar com elas o caminho - que bonito fica: carmim e dourado! E seguimos em frente. Se não com suavidade, com convicção.
Apetece-me virar o teu lindo poema do avesso - é só isso!