Outono


As árvores tingem-se de tons de ouro e carmim
e despem-se devagar ajudadas pelo vento
suas folhas tapetam o chão das mesmas cores

Também eu   tal como as árvores
dispo as minhas roupagens
e tapeto o caminho com as minhas ilusões

Só não tenho a sua suavidade nem o seu fulgor

Comentários

  1. Também na minha rua existe uma árvore que se despe no Outono e se veste na Primavera, aparecendo com uma transformação tão grande entre estas estas estações.
    Também nós podemos sonhar e ter as nossas ilusões porventura se o destino quiser, elas acontecerão.
    Alberto

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  2. Será que este outono é o da vida? Deve ser, pois este verão ainda nos aquece com o seu fulgor e por ele é que tiramos as nossas roupagens.
    No outono da vida, a sabedoria permite-nos despir as ilusões e atapetar com elas o caminho - que bonito fica: carmim e dourado! E seguimos em frente. Se não com suavidade, com convicção.
    Apetece-me virar o teu lindo poema do avesso - é só isso!

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