Encruzilhadas


Dizes que a vida é um oceano de possibilidades
cada passo  cada encontro  
cada paragem  cada rumo
abre infinitos traçados por traçar

Cada momento é uma escolha
a sulcar um inexistente caminho

No emaranhado de traçados
talvez voltemos ao ponto de partida

Cada passo  cada encontro
cada paragem  cada rumo
abre outras possibilidades de caminho

Haverá lucidez para corrigir os passos
ou cegos  percorremos os mesmos espaços
como se não houvera outros caminhos


Comentários

  1. Mais um poema para pensar. Em relação ao passado, diria que, em cada hora, repetiríamos o já feito. Por sermos os mesmos. Quanto à hipótese de o passado prevenir o futuro, levar a agir diferente, também acontece. Aprendemos alguma coisa com os erros. Mas só alguma coisa, errar não nos torna sábios e o grau de aprendizagem é variável, consoante o assunto, as condicionantes exteriores e a própria pessoa.
    Será esta multiplicidade de respostas um alimento da poesia...

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  2. O caminho faz-se caminhando, mas nem sempre temos possibilidade de escolha. A vida decide muito por nós, como nos disse Agostinho da Silva. Quanto a novos trilhos, a maior parte das vezes, o medo constrange-nos de os experimentar. Outras vezes, pensando que são novos, na verdade. fomos nós próprios que os cunhámos, à nossa maneira, e retornamos a eles, aos velhos com toda a facilidade. Mas a encruzilhada enfrenta-nos e estimula-nos. Somos seres pensantes e a ideia do Novo dá-nos ânimo.

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  3. A vida é cada vez mais restrita, mais dificuldade em encontrar um emprego devido ao avanço tecnológico e ao aumento da população.
    Estamos na era da produtividade, o que era feito por dois, agora passa a ser feito por um, já que não pode ser feito por meio.
    Os vencimentos são mínimos e precários, há que inventar e estica-los ao máximo, mas nem sempre conseguimos.

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