Ecos da existência VI


Uma pequena haste de ramos inexistentes
- breve risco sereno contra o fluir do rio -
desenha a beleza íntima das coisas


                         *


O real oculta-se aos olhos
velado por intensa bruma
- mais profundos os olhos da imaginação


                         *

Mais suave e breve
que o fluir das águas
- a paisagem tecida de brumas


Comentários

  1. Às vezes a natureza dá a ver o invisível. E é preciso vê-lo, para se sentir a vida. Além de um poema conciso e pincelado, pintaste um quadro de tons cinza, com um tufo de hastes nuas, que vestes de intenso sentido, em primeiro plano. Dá para sentir a beleza. Obrigada pela partilha.

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