Pranbanam ao pôr do sol *
Pedras arrancadas ao flanco dos vulcōes
encaixam-se em templos
apontando os céus
encaixam-se em templos
apontando os céus
recordam a ligação
dos homens com os deuses
a implorar justiça e protecção
dos homens com os deuses
a implorar justiça e protecção
recordam a ligação
dos homens com seus irmãos
nas diferentes emoçōes
dos homens com seus irmãos
nas diferentes emoçōes
recordam a ligação
dos homens com a natureza
em planos concêntricos de crenças
dos homens com a natureza
em planos concêntricos de crenças
Mas por fim tudo se funde
as crenças as pedras e o céu
as crenças as pedras e o céu
as orações envolvem-nos num só véu
as nuvens simulam os monumentos
as nuvens simulam os monumentos
e os monumentos transformam-se
em luz sombra e silêncio
com laivos dourados arrancados ao sol
em luz sombra e silêncio
com laivos dourados arrancados ao sol
*Templos hindus do sec IX em Java (Indonésia)
O poema parece celebrar a beleza dos vulcões e os mistérios da força telúrica na sua ligação ancestral ao Homem. Dado o recente acontecimento na ilha branca da Nova Zelândia, é como que um contributo para mitigar a mágoa deixada pela violência do acordar do vulcão.
ResponderEliminarImagino que sejam restos e rastos de deuses, sinais deixados na terra colhendo espanto nos olhos dos homens.
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