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A mostrar mensagens de março, 2020

As confluências da vida

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Não resisti ao apelo do rio e saí uma multidão de flamingos aguardava-me dançando placidamente em busca de alimento num cenário de êxtase (nas confluências da nossa mera existência) um ballet sublime na música da natureza imerso como uma abertura triunfal de uma ópera da Primavera inaugurando uma nova era a natureza no seu esplendor a desenrolar-se a preceito sem preconceitos nem pudor palpitando de alegria na harmonia das coisas a nascer Era só abrir os olhos e ver Indiferente ao tumulto instalado no coração dos homens por uma pandemia sem memória a Primavera vem acalmar a nossa ânsia e devolver-nos a esperança (contando uma outra história) convidando a humanidade sobre os escombros da dor a renascer e recomeçar reacendendo nos corações o que abrigam de melhor

Primavera

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Na espera está o segredo                                                      de ver brotar a primavera                                                      o maravilhamento de pensar                                                      o que se espera chegar

O medo à solta

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Foto: Alda Carvalho Não podemos deixar o medo à solta Não podemos   Não podemos Que o medo nos proteja mas que não seja uma indestrutível amarra que nos agarra e destrói Que o medo não nos estorve que o medo não nos aparte que o medo não nos reduza a um enovelado sossego mas nos transforme e conduza a algo maior que nós Que a esperança da nossa voz e a solidariedade em força ganhe a fúria de uma onda a cavalgar todos nós Que o medo não alimente a indiferença que o medo não nos vença

A esfericidade da vida

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Foto: Alda Carvalho Imaginemos uma esfera como lugar de evolução ampliação em todos os sentidos espaço e tempo contidos em expansão possibilidades inauditas infinitas a vida em aberto sem tempo nem lugar certo para interrogar mas sempre a tempo de renascer e recomeçar

Aprendiz o tempo todo

Aprendo com o passado o presente o real e o que invento Aprendo com os paradoxos as contradições os sensos e os contrassensos com tudo o que me seduz e me interroga o que me apraz e o que me desfaz Ponho dúvidas às certezas e às incertezas às ideias feitas e às desfeitas às arrogâncias e ao que está estabelecido para todo o sempre