As confluências da vida

Não resisti ao apelo do rio e saí uma multidão de flamingos aguardava-me dançando placidamente em busca de alimento num cenário de êxtase (nas confluências da nossa mera existência) um ballet sublime na música da natureza imerso como uma abertura triunfal de uma ópera da Primavera inaugurando uma nova era a natureza no seu esplendor a desenrolar-se a preceito sem preconceitos nem pudor palpitando de alegria na harmonia das coisas a nascer Era só abrir os olhos e ver Indiferente ao tumulto instalado no coração dos homens por uma pandemia sem memória a Primavera vem acalmar a nossa ânsia e devolver-nos a esperança (contando uma outra história) convidando a humanidade sobre os escombros da dor a renascer e recomeçar reacendendo nos corações o que abrigam de melhor