Mosteiro de Alcobaça
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Foto:Alda Carvalho |
Dentro da igreja
três abóbadas verticais
em altura iguais
isentas de ornamentos
devolvem a beleza das
pedras
e a leveza da luz
não atravessada por vitrais
No despojamento interior
ainda soam
as orações dos monges de outrora
e sobressaem
os túmulos de Pedro e Inês
jóias esculturais
a celebrar o mais profundo amor
Tão bonito, prosa. É um mosteiro que apela à religiosidade. Talvez pela sua ligação ao românico e ao despojamento. Ninguém diria que celebra um amor real e determinado, Pedro e Inês; antes sugere O amor. Pode ser o transcendente que devém imanente, um pensamento que se eleva originário e puro a um incógnito Deus, uma aspiração da alma à perfeição. Ou apenas a imanência que a si mesma se transcende no sentimento mais nobre e de que o mundo está faminto sem que o saiba ou queira saber. A proximidade da verdade exige a nudez que não interessa ao egotismo dos tempos. Fazer o quê?!
ResponderEliminarBFS:)
Esse amor tão falado e tão eterno ,o de Pedro e Inês,que podemos relembrá-lo quando visitamos o Mosteiro de Alcobaça.
ResponderEliminarHá muitos anos que prometo a mim mesmo visitar este mosteiro para ver a escultura dos túmulos de Pedro e Inês,mas o mais importante é lembrar esse amor tão profundo.
Há uma paz e uma convocação interior especiais transmitidas por este tipo de arquitectura, pela sua beleza e imponência, que nos fazem sentir pequeninos e pensar no sublime e no transcendental. Cumprem a função para a qual foram concebidos, num tempo em que o temor a Deus era um imperativo da ordem social. Quanto ao despojamento, fazia parte da ideologia. Hoje tem muito menos adeptos.Já quanto ao amor, talvez as mudanças sejam mais difusas, pois continua a ser causa de morte...
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