Foto: Alda Carvalho pela janela um moscardo entrou e em jeito de metralhadora à volta de mim rodopiou encolhi-me toda perante a artilharia no meu silêncio invasora gritei escondi-me espinoteei retorci-me o moscardo ousado voltou à carga peguei num livro e arremessei-lho como uma arma o moscardo rodopiou e de novo atacou mais forte e feio numa guerra desigual em que fui eu a ficar mal até que uma porta se abriu e o moscardo saiu a rir-se de mim pensei eu mas pasmo revendo a cena por uma criatura tão pequena criar tal desassossego e ainda não sei qual de nó...