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A mostrar mensagens de setembro, 2021

Numa falda da Serra da Estrela

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  Foto: Alda Carvalho Serra majestosa  pura  eterna presença constante mesmo se oculta por um véu   pedras em tempestuoso equilíbrio desabam junto aos olhos e definem a sua imagem   nuvens correm no céu e tangem sombras e brilhos tons e cintilações inconstantes   a serra tem música para os que a escutam seja qual for o caminho da tumultuosa paisagem

À Serra da Estrela*

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  Foto:Alda Carvalho Sempre me rendo quando regresso a ti   O que me deslumbra é o súbito mistério com que te enrolas em ventos e brumas ou a forma como te desvendas alargando-te em planuras e caindo a pique provocando tonturas   Ora te arredondas em suaves carícias ora te eriças em picos altivos   És agreste e doce rude e bela nas formas como te esculpes te dobras e desdobras te estendes e interrogas   Nasci em ti corres-me nas veias sinto o teu apelo no fundo de mim   És a minha Estrela                                                                 * Do meu livro “Sopros de Alma”, 2011, Editorial Minerva

Entardecer em Oslo*

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  Foto: Tiago Carvalho   sentada num banco à beira do fiorde envolta num imenso céu cinzento observo o momento   uma gaivota sobrevoa a água e poisa no casco ferrugento dum navio prestes a partir subitamente soltando um grito abre as asas e junta-se a outro voo desenhando espirais cinzas de céu   sinto a harmonia dos voos por entre as badaladas do relógio da torre como a gaivota abro as minhas asas e procuro outro lugar esperando outro veleiro que vejo chegar neste  misterioso cais em movimento                                                                                                          * num outro...

Amanhecer em Oslo*

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  Foto:Tiago Carvalho debruçada no fiorde sinto a manhã chegar pintando tudo de cinza as árvores  as casas  os veleiros  o mar   até a calma e o som  que se desprende da cidade surgem banhados a cinza   observo o lento espreguiçar da cidade o suave  deslizar dos barcos o  ruído inaudível das gentes   um casal de namorados soletra gestos de amor e todo o amanhecer se ilumina trespassando o cinza de miríades de cor                                                                                             * num outro Setembro