Entardecer em Oslo*
Foto: Tiago Carvalho |
sentada num banco à beira do fiorde
envolta num imenso céu cinzento
observo o momento
uma gaivota sobrevoa a água
e poisa no casco ferrugento
dum navio prestes a partir
subitamente soltando um grito
abre as asas e junta-se a outro voo
desenhando espirais cinzas de céu
sinto a harmonia dos voos
por entre as badaladas do relógio da torre
como a gaivota abro as minhas asas
e procuro outro lugar
esperando outro veleiro que vejo chegar
neste misterioso cais em movimento
* num outro Setembro
Muito bonito. Sinto este teu poema como mensagem de um "haiku escandinavo". O momento incorpora a natureza circundante e tu fundes-te e dizes-te com ela. Sublime.
ResponderEliminarExcelente retrato descrito através de palavras.
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