Quando a vida nos chama
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| Foto: Alda Carvalho |
Quando a vida nos chama
nem sempre apetece
recomeçar de novo
Cada recomeço de ténue claridade
é desconhecido trilho de
passos incertos
a esperança acenando
a ansiedade crescendo
mas se o medo nos habita
e a incerteza espreita
a aventura é chama que
alimenta
e deleita
Enfrentemos cada recomeço
abraçando os opostos que o
definem
com os sentidos bem abertos
e alegria renascida
pois não nascemos para a
morte
mas sim para a vida
Recomeçar, analisando a composição do termo, não existe. Nunca se re-começa. Um re-começo exige a continuidade, já que é repetição do princípio originário. Logo, se repete, não é princípio.
ResponderEliminarContudo, há no termo certa sugestão de diferença que agrada ao imaginário de cada um. E não se vive apenas da realidade factual.
Bom fim de semana, prosa.
Na minha memória ecoam reminiscências de uma velha canção de resistência "... não é a morte, mas a vida", suscitadas pelo teu poema. É preciso ter muita força para acreditar que cada brecha traz nova luz. Medo, ansiedade e incerteza destroem muitas vezes a esperança no recomeço. É preciso acreditar - como tu.
ResponderEliminarBoa perspectiva de encarar a vida pelo menos nas pessoas que são optimistas.
ResponderEliminarÉ difícil discutir a vida que culmina com a morte.Segundo alguém disse esta é sempre uma grande injustiça.
Aquelas pessoas menos privilegiadas com doenças incuráveis ou com grandes deformações condenadas para toda a vida sem poder ter uma vida normal,mesmo estas por ventura não desejarão a morte.
Afinal quem somos nós?
Seres humanos que habitamos a Terra por algum tempo,que depois desaparecemos sem deixar rasto com excepção daqueles que por obras valerosas se foram da lei da morte libertando como dizia o poeta Camões.