Junto ao mar
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Foto: Alda Carvalho |
junto ao mar o
assombro
é sempre novo
as ondas
sucedem-se incansáveis
uma onda
nunca iguala outra onda
perpassa-me o
vento
ora forte ora
um leve respirar
voos
desencontrados cruzam-se
numa desmedida
dança
o ruído da
rebentação casa bem
com o canto
dos pássaros
como anjos
diáfanos as nuvens passeiam
tingindo as
águas de outros tons
mais azul ou
mais cinzento o céu
funde-se com as
águas ao longe
e não sei se é o mar que ameiga o céu
ou o céu que beija o mar
É o eterno abraço entre céu e mar, uma beleza comunicante em que a alma se perde e pasma e grata se expande em pertença.
ResponderEliminarQue foto bonita, Prosa. E as palavras a fazerem companhia, tão ao rés como céu e mar. Num abraço.
Como é possível escrever e desenvolver o que está na fotografia ou no lugar que observamos onde aparentemente pouco haveria a dizer.Tanto para contar,o vento,o mar e o céu onde podemos meditar e sentir o ambiente que se instá-la em nós.
ResponderEliminarÉ também diáfono o teu sentir. E são muito belas as imagens que crias para o nosso olhar. Vemos e ouvimos bem o que desenhas nesse quadro que espelha a natureza. Enlevamo-nos e elevamo-nos através das tuas palavras.
ResponderEliminarTão explícito neste belo poema o observar do mar. Há neste uma encantada força purificadora e transformadora. S+R
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