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A mostrar mensagens de abril, 2023

Só quem conhece pode amar

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Foto:Alda Carvalho No mundo em que vivemos somos esquivos a vários vibrares e a consciência das coisas é muitas vezes superficial O mundo é maravilhoso em inúmeros sentidos mas não vemos as coisas nem o sentido   Nos passeios que damos não nos detemos e estamos a milhas dos nossos passos   Conhecemos a beleza das paisagens através de fotos nas redes sociais   Sabemos da glicínia  da buganvília ou doutras plantas que através da sua beleza ou da sua pujança nos gritam   mas passamos indiferentes perante um dente de leão de uma pervinca  duma giesta ou de um simples caracol   Confundimos as árvores sabemos que são altas que dão sombra mas não nos detemos na dança dos seus ramos ou no canto dos pássaros que as habitam   Há uma cegueira selectiva em relação a aspectos da natureza embora usemos a palavra preservar sem a ligarmos a conhecer e amar  

Nas terras dos Maori *

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  Pintura a óleo: Alda Carvalho   Como fantasmas envoltos em vestes brancas a escorrer chuva descemos o vale   vindas do abismo árvores gigantes velhas de existência sobem até nós as copas a  rasar nossos olhos   o rio corre nas funduras envolto em fumos que as feridas da terra desprendem a lama explode furiosa em pequenos vulcões   formando arco-íris líquidos por todo o lado  ressoam  orações rituais de um povo                                                                     que  habita  há milénios                                                                ...

A busca

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Encaustica:Alda Carvalho Sou caminhante do tempo sempre a procurar sem por vezes saber o que quero encontrar   Será essa busca sem fim elementar curiosidade sede de saber ou apenas procura de mim      

Coisas de tempo indefinido

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Encaustica: Alda Carvalho   Coisas de tempo indefinido  vão-me atafulhando a casa é difícil desfazer-me delas esqueço-as nos armários onde esperam sem tempo definido   Eu que amo a simplicidade o desentulhamento a originalidade estou atravancada de coisas que continuo a guardar   ou pela sua originalidade e beleza ou porque me recordam algum lugar   Por vezes abro o baú das recordações deambulo por lugares e pensamentos e por apegos a que já me desapeguei perco-me por caminhos que outrora percorri ou que inventei e volto a guardar coisas que desejava libertar