Puro espanto
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Foto: Alda Carvalho |
Observar e escutar atentamente
a violência do mar contra a arriba
há infinitas luas repetida
e a forma assombrosa
assim talhada
da luta amorosa entre água e pedra
por onde suavemente se escoa
a luz etérea do poente
como sublime hino à harmonia
é sentir a beleza em puro espanto
no resultado conjugado
das forças da Natueza
Nada mais belo que a luta da Natureza a construir o sublime. E é maravilhoso sentir como a nossa alma bebe esse encanto. Tão simples e bonito este poema, de mãos dadas com a foto!
ResponderEliminarEssa tua faculdade de em tudo ver beleza espanta-me em cada vez. Mas reconheço-te no que escreves, na coisa mais simples és capaz de a encontrar. Porque, à semelhança de um certo poema , vês tudo com olhos teus é é com esses olhos uns que nos apontas caminho. Mal comparado, nas procelas da vida a beleza é bote que nos equilibra as horas do desafio.
ResponderEliminarBom Domingo
A beleza da Natureza é omnipresente. E em todas as escalas, do nano ao infinito. Mas só os poetas abençoados a conseguem descobrir em todos os detalhes e, melhor ainda, conjugada em diversos elementos.
ResponderEliminarA beleza do enquadramento e da oportunidade da incrível foto, com a força do mar e a rudeza da arriba vertical que já esteve horizontal, é um exemplo da mais plena poesia que só a Alda consegue descobrir e, ainda melhor, expressar com elegância e sensibilidade.