Retalhos do Brasil VII
Foto: José Carvalho* |
Encontrei-a em Belo Horizonte
no Parque da Liberdade
andando ao de leve na chuva
em seu jeito de serena humildade
mas de intrínseca dignidade
trazia nas mãos uns poemas
como pássaros a esvoaçar
seus versos impregnados
do viver da gente simples
que com pouco se ajeita
embora de mãos quase vazias
mas com o coração cheio de alegria
seus sonhos feitos do azul
da liberdade dos pássaros
e com íntimo amor e gratidão
Liberdade palavra arredia
nestas paragens
ficamos na dúvida se existe
ou é apenas saudade
que as penas existem e persistem
* Parque da Liberdade - Belo Horizonte
A poesia desta vez está toda na foto que o Zé tirou e tão bem te capta a ti e ao fundo que te conheço e ele sabe melhor que ninguém. Os infinitos do amor são cá uma coisa...
ResponderEliminarBom fim de semana, Alda
O teu poema é uma ode a essa mulher cujos versos comparas a pássaros a esvoaçar. É muito bonito o modo como a descreves na sua singeleza e dignidade. Os teus versos soam também como chamada de atenção para aqueles a quem a vida condiciona a liberdade e apesar de tudo conseguem ter sonhos de cor azul e sorrir para o quotidiano.
ResponderEliminarA poesia está em qualquer lado, em todo o lado. O que é necessário é ver com olhos de ver e não com olhos de olhar. Também a encontrei por terras do Rio de Janeiro mas, nessa altura, eu ainda não tinha aprendido a ver com olhos de ver.
ResponderEliminarA Alda está a ser uma das pessoas amigas que me está a ensinar a ver com olhos de ver !!!
Bens haja por tudo.