Uma questão de sorte?
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Foto: Alda Carvalho |
Seja uma bomba, um tornado
um furacão
a sorte mora ao lado da destruição
Num imenso oceano de destroços
a fronteira entre a vida e a morte
é uma questão de sorte
Uma só árvore pode ficar de pé
ou uma simples flor
ou qualquer outro ser
resistir único
no meio da destruição
sem sabermos porquê
Não há um sempre nem
um nunca
mas há um agora um
antes e um depois
nem sempre nesta ordem
Abro-me ao
inconsciente
ao dentro e ao fora
de mim
às equações
matemáticas
sistemáticas
que definem o tempo
e o espaço
mesmo quando não há
tempo
e o espaço parece desaparecer
ou expandir-se infinito a cada passo
ou a cada nova visão
E nesta indecisão
acredito que o mais
certo
é o tempo que passo com as pessoas
e isso inspira-me mais que o resto.
Sim, foi uma questão de sorte. Agora só me falta descobrir se foi na altura e espaço certo ... ou, melhor: Se ainda vou a tempo.
ResponderEliminarPenso eu que o tempo que passamos com as pessoas só é tempo a valer para todos se existiu nelas o tempo silencioso, um aparte, comungado ou não; para que um silêncio seja válido e necessário nem sempre precisamos do outro para estar nele e sermos dois. Mas, embora poucos, silêncios existem que tomam todos e tanta vez em simultâneo.
ResponderEliminarUm abraço e bom fim de semana, Alda
Com mistério, fica o enigma no ar!
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