Choro mas não me choro
| Foto: Alda Carvalho |
choro mas não me choro
pois chorar é natural
por quaquer dor que surja
seja física ou mental
mas chorar-me pela dor
a qualquer outro mortal
não o faço pois seria
esquecer íntima alegria
ou um sublime amor
que me haja atravessado
e após perda ou cessação
terei chorado
mas não me choro a mim não
Intrigante, faz pensar.
ResponderEliminarA foto da papoila branca é do mais original que existe. Parabéns, Alda.
ResponderEliminarE acredito que nos choremos a nós e que seja bem não universal. Desde que não fiquemos amarrados ao desgosto, vejo como estado natural. Mas há lágrimas perigosas. Nunca choradas, cristalizam na fonte e criam impedimentos.
É um ponto de vista, esse de não chorar senão num "de mim comigo". Muito comum nas idades mais avançadas: sofre-se mais e chora-se menos. Por que será?!
Self-pity
ResponderEliminarI never saw a wild thing
sorry for itself.
A small bird will drop frozen dead from a bough
without ever having felt sorry for itself. (DH Laurence)
Quando li o teu poema lembrei-me da expressão self-pity .Ter pena de nós prórprios pode ser algo doentio. Não devemos chorarmo-nos, mas pode acontecer. A tua papoila branca não o faz. É a chuva que a refresca. Tu também és ser bravio e celebra-lo em arrojado poema.
Olá Alda, minha querida Amiga,
ResponderEliminarEu tenho o choro fácil. Sou emotivo. Com frequência os meus olhos ficam como o orvalho na flor...
E também não me choro a mim.
O que me faz chorar a alma, são as oportunidades perdidas neste restinho de vida que ainda me sobra, para ser FELIZ.