Constelações


Como cápsulas enfunadas flutuamos

num universo imenso de ternura

e senhores de nós e do mundo nos julgamos



Estudamos das partículas às galáxias

mas continuamos à procura da Luz

na muda incerteza de quem somos



Com as abelhas   os lírios   as estrelas

as mesmas leis universais partilhamos

mas isolados em universos paralelos

descobrimo-nos sós



Viajantes eternos   almejamos mergulhar

num universo de ternura    quando

a casca das nossas cápsulas se quebrar

Comentários

  1. Mas afinal quem sou eu? Quem somos? O que somos? Eternas questões que nos movem. Constelações seremos, pois não existimos sem o outro, que nos define e nos permite definirmo-nos. Arquipélagos também seremos e ilhas, cada um de nós. Cápsulas, parece uma boa imagem para o nosso invólucro e acho muito esperançosa e positiva a poeta que nos perspetiva a navegar num universo de ternura e nele nos projeta na pós quebra do invólucro de cada um de nós.

    ResponderEliminar

Enviar um comentário

Mensagens populares deste blogue

Caminhar

O QUE ME INSPIRA *

Entre o sonho e a realidade