A Verdade
No princípio era a luz
a luz primordial
que em louca correria
tropeçou num cristal
e se desfez em arco-íris
Miríades de cores e gradações
desencontradas
perderam-se no espaço e no tempo
Só a luz da busca ilumina
o labiríntico caminho de retorno
Como encontrar a porta certa
que abismo ou que fraga nos alerta
que fio nos conduz
Como reunir as cores dispersas
e encontrar a Verdade
a luz primordial
silenciosa e submersa
É linda a imagem da luz vir por aí abaixo (como o menino Jesus do Alberto Caeiro), a tropeçar e a formar arco-íris. A luz primordial não se revê na cor e no brilho do arco-íris que estende o seu arco à terra? Estará a Verdade no Retorno? Independentemente das reflexões que suscita, o Poema, como a Verdade, é luminoso. É lindo.
ResponderEliminarGostei tanto deste teu poema!...Nem sei dizer porquê, vê tu. Mas talvez seja, quem sabe, porque é um bom poema. E ilumina:).
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