Montanha do Vulcão Etna


Percorre-te o corpo
incandescente lava
que em intermitentes 
e imprevisíveis escoadas
altura e comprimento 
te acrescentam

Começo a rodear-te
e ao olhar-te
vejo-te multifacetada
longínqua
cinza e negro
negro e cinza

Num jogo de escondidas
estás onde não te espero
e desespero

O que tive de passar para te alcançar
cinza e negro 
negro e cinza
pejado de joaninhas vermelhas às pintinhas
pequenos toques de amarelo sulfúreo
vermelho férreo e fumo

Misteriosa e bela
imprevisível e esquiva
com fogo contido 
que por vezes expeles
é como te revelas
Etna  nome de montanha altiva



Comentários

  1. bea14 de junho de 2019 às 14:33

    Que bonito o Etna que tu vês. Beleza que não sei a quem pertence. A ti ou a ele?!

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  2. Trini Altea20 de junho de 2019 às 22:27

    Que tengas buen fin de semana

    ResponderEliminar
  3. anamarcotrim21 de junho de 2019 às 17:17

    Pelos dias em que publicaste este poema eu estive na Caldeira e Furna do Enxofre, no Algar do Carvão e na Gruta do Natal. No meu caso, é como se tivesse percorrido o interior de um vulcão e tivesse visto passar, séculos atrás, as escoadas de que falas. Que interessante este teu olhar por fora, pela cinza e pelo negro coberto de joaninhas.

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