Montanha do Vulcão Etna
Percorre-te o corpo
incandescente lava
que em intermitentes
e imprevisíveis escoadas
altura e comprimento
te acrescentam
Começo a rodear-te
e ao olhar-te
vejo-te multifacetada
longínqua
cinza e negro
negro e cinza
Num jogo de escondidas
estás onde não te espero
e desespero
O que tive de passar para te alcançar
cinza e negro
negro e cinza
pejado de joaninhas vermelhas às pintinhas
pequenos toques de amarelo sulfúreo
vermelho férreo e fumo
Misteriosa e bela
imprevisível e esquiva
com fogo contido
que por vezes expeles
é como te revelas
Etna nome de montanha altiva
Que bonito o Etna que tu vês. Beleza que não sei a quem pertence. A ti ou a ele?!
ResponderEliminarQue tengas buen fin de semana
ResponderEliminarPelos dias em que publicaste este poema eu estive na Caldeira e Furna do Enxofre, no Algar do Carvão e na Gruta do Natal. No meu caso, é como se tivesse percorrido o interior de um vulcão e tivesse visto passar, séculos atrás, as escoadas de que falas. Que interessante este teu olhar por fora, pela cinza e pelo negro coberto de joaninhas.
ResponderEliminar