Ilusões
O que resta do que
vemos
lemos ouvimos
gostamos
são fragmentos
cruzamento de olhares
pressentimentos
ecos doutros lugares
de vários tempos
Incapazes de apreender
o real
costuramos no momento
vislumbrados
fragmentos
quebrados inconsistentes
nostálgicas ilusões da
mente
Somos breve aragem
esfumada lente
deformada conta de
vidro
caleidoscópica corrente
de indecifrável
sentido
uma paisagem criada ou
recriada
a ninguém pertence
Ainda não sei bem o que é o real. Sei que há várias realidades. Caleidoscópicas. E que vivemos delas e com elas.
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Pertence-nos, no momento fugaz em que a criamos, mesmo com toda a inconsistência, de modo fragmentário. Ainda bem que costuramos ilusões e alindamos a mente com elas. O peso da realidade afundar-nos-ia, se assim não fosse. Gosto das imagens do teu poema. Gosto da conta de vidro caleidoscópica. Imagino-a parte de um colar de ilusões a alindar o olhar de quem o põe.
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