Recordações da China
Ainda tenho nos olhos
árvores seculares
biombos vivos e transparentes
velando a paisagem
em rendilhados acenos
Ainda tenho nos olhos
montanhas perfiladas
sentinelas etéreas dos lugares
com neblinas escorrendo nas
gargantas sequiosas
como véus diáfanos e esvoaçantes
Ainda tenho nos olhos
crianças de rosto curioso e
delicado
pelas mãos dos pais ou dos avós
retratos enigmáticos do futuro
Ainda tenho nos olhos
a grande muralha
fita infinita coroando os cumes
e um par de pássaros negros
deslizando no vazio a meus pés
Ainda tenho nos olhos
a imensidão do espaço
os simultâneos as contradições
a ostentação da nobreza
a dignidade da pobreza
Ainda tenho nos olhos e no meu ser
as marcas profundas desse povo
Que bonito e impressivo poema.
ResponderEliminarAssim vele a pena fazer uma viagem e em troca ficarmos com essas memórias, recordações e sensações que perdurarão por toda a vida.
ResponderEliminarQue belas imagens e que boas recordações! E não viste o perigo amarelo. Realmente, o que se vê depende dos nossos olhos.
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