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A mostrar mensagens de dezembro, 2019

Contas do meu tempo

Tenho perdido o meu tempo como se não se esgotasse como se dum infinito fio se tratasse Perco-me em minudências em caminhos vários e em pensamentos sem rumo certo Perco-me nas tarefas diárias e nas extraordinárias nos caminhos certos e no desacerto dos contrários Perco-me em labirintos de saída incerta e em caminhos abertos   de rumos infinitos Perco-me na floresta e no deserto e no emaranhamento do Universo Quem me dera a sabedoria para encontrar o caminho certo nas noites e nos dias do meu tempo incerto

Emoção de Natal

Soam leve levemente como quem chama por mim neste frio arrepiante de um branco inebriante notas soltas no jardim duas doces menininhas em seus casacos de lã tangem uma melodia que me envolve e acaricia nesta invernosa manhã nestes seres tecendo um hino vejo asas adejando pois são dois anjos louvando toda a paz e harmonia que emana do Deus menino

Pranbanam ao pôr do sol *

Pedras arrancadas ao flanco dos vulcōes encaixam-se em templos apontando os céus recordam a ligação dos homens com os deuses a implorar justiça e protecção recordam a ligação dos homens com seus irmãos nas diferentes emoçōes recordam a ligação dos homens com a natureza em planos concêntricos de crenças Mas por fim tudo se funde as crenças as pedras e o céu as orações envolvem-nos num só véu as nuvens simulam os monumentos e os monumentos transformam-se em luz   sombra e silêncio com laivos dourados arrancados ao sol                                    * Templos hindus do sec IX em Java (Indonésia)

São sempre os outros

São sempre os outros que nos dão um motivo uma inspiração uma sede um sentido São sempre os outros que nos dão um abraço um poema um verso uma palavra Nós sem os outros não somos nada