Contas do meu tempo
Tenho perdido o meu
tempo
como se não se
esgotasse
como se dum infinito
fio
se tratasse
Perco-me em
minudências
em caminhos vários
e em pensamentos
sem rumo certo
Perco-me nas tarefas
diárias
e nas
extraordinárias
nos caminhos certos
e no desacerto dos
contrários
Perco-me em
labirintos
de saída incerta
e em caminhos
abertos
de rumos infinitos
Perco-me na floresta
e no deserto
e no emaranhamento
do Universo
Quem me dera a
sabedoria
para encontrar o
caminho certo
nas noites e nos
dias
do meu tempo incerto
E está tão bonito este poema tão verdadeiro! A poeta despede-se de 2019 com garra.
ResponderEliminarSempre a surpreender com pensamentos,provavelmente comuns a algumas pessoas, mas bem definidos,mostrando quão difícil se torna escolher ou tomar o caminho certo.
ResponderEliminarBom Ano 2020, Alda. Um abraço
ResponderEliminarQuantos de nós não partilham este sentimento de perda de tempo! Agora, saber dizê-lo assim, de forma poética, é que não é para todos... Talvez nos escape a noção de finitude. Não pensamos que o nosso tempo vai acabar. E ainda bem. Para não nos atormentar-mos com a angústia. Perder tempo deve ser uma característica natural dos humanos, pois raramente nos vangloriamos de o ganhar.
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