A nossa casa
a nossa casa
o nosso ninho
nossa protecção
é também prisão
ânsia de liberdade
saudades de chegar a casa
saudades de sair dela
contradições que nos pertencem
estamos onde nunca estamos
porque sempre desejamos
estar noutro lugar
estamos no presente
sempre a olhar
o passado ou o futuro
sem perceber que no presente
está o passado e o futuro
ao mesmo tempo
assim vamos vivendo a vida
desfocadamente
Bonita foto de uma linda flor. A nossa casa é o chão mais nosso, pasmo perante os nómadas. Quanto ao tempo, malha do viver, já Santo Agostinho discorria sobre ele.
ResponderEliminarNão sei como se chama essa delicada flor. É brava, parece-me. Lembra-me as estevas, as de Deus e as do Diabo, só diferindo nas pintas! Gosta da liberdade dos campos. São eles a sua casa, onde respira ar livre. Eu só peço um futuro bem diferente deste presente tão focado. O teu poema é lindo, mas eu quero acreditar num futuro que nada tenha do tempo presente. E também só uma parte do passado Vejo na tua flor um norte e um coração de braços abertos na esperança de um abraço.
ResponderEliminarParece que lês o nosso pensamento. Identifico-me.
ResponderEliminarPintura espectacular. Admiro