As ondulações da raiva*
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Foto: Alda Carvalho |
Estou aqui dentro desta prisão
a pensar nos paradoxos da existência
e em todos os seus rumores
sinto as ondulações da raiva
Pressinto que escrever me acalma
escrevo o que me vai na alma
se o acontecido não pode ser removido
tirar partido da situação é a solução
Penso nos sem abrigo
nos esfomeados de pão e de amor
nos torturados
na imensa dor que grassa em muitos lados
Observo que até sou favorecida
não estou doente tenho
comida
uma cama um teto
e até tenho o amor comigo
Começo a respirar melhor
a raiva a encolher-se
a injustiça a parecer menor
Memórias de um tempo que passou. E ainda bem.
ResponderEliminarLa lectura y la escritura proporcionan libertad incluso a los presos . En este caso, tu poema combinado con una gran inteligencia emocional te ha permitido salir airosa de esta aventura.
ResponderEliminarEs un ideal de vida tener aventuras y poderlas contar felizmente.! Enhorabuena¡
A escrita como libertação! Pelo menos, apaziguadora de tempos de impotência. És indubitavelmente uma privilegiada, pois nem todos têm esse dom...
ResponderEliminarUma série de verdades e soluções podem ser o melhor remédio para este problema.
ResponderEliminarEscrever com tanta clareza e garra e definir tão bem a situação que me ocorre dizer: muito bem.