Não fora...
Foto: Alda Carvalho |
Não fora a beleza e a grandeza dos poentes
ou a promessa de auroras grávidas de luz
Não fora o palpitar da centelha inicial
no seu rememorado vibrar
Não fora a serenidade da luz da lua
e a calma que emana só de olhar
Não fora o cenário diverso e profundo
que nos enquadra e nos amplia
Não fora o fulgor do olhar puro das crianças
que nos enternece e engrandece
Não fora a própria dor em todos os seus regressos
que nos alerta e nos faz crescer
Não fora um grão de esperança
que sempre guardamos no fundo da algibeira
como arrostar cada dia e onde ir buscar a alegria
que no cosmos nos revela a harmonia inteira
Que Paz, que tranquilidade ao degustar as palavras dispostas em harmonia e que traduzem tão bem o meu sentir. Lindooo
ResponderEliminarHá sempre uns lenitivos a dizer presente. Nem sempre os vemos, é certo. Mas estão lá, tão presentes como o sol por detrás da cinza cerrada das tempestades.
ResponderEliminarGostei tanto deste poema descentrado e universal, prosa.
Este teu sublime "Não fora..." faz-me lembrar a estrutura do "Se" de Rudyard Kipling. E é como um hino às coisas boas da vida e do universo que nos fazem esquecer a adversidade. Embora na sua inicial toada parecesse que iria dar relevo a certo pesar... Muito bem conseguido. Lindo.
ResponderEliminarQue maravilha sermos seres únicos e irrepetíveis, assim como os outros animais e as plantas !
ResponderEliminarEmbora susceptíveis do bem e do mal, como emanação da racionalidade e da liberdade,a Na-
tureza ampara-nos, como flui deste belíssimo poema. S+R