O princípio do mundo
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Foto: Alda Carvalho |
Transportamos connosco o princípio
do mundo
a primeira centelha
a primeira poeira
a primeira água
a primeira aragem
Somos uma amálgama
que em ligação com todos os seres
animamos o teatro do mundo
da superfície ao mais profundo
Somos o tudo e o nada
ao mesmo tempo
Somos o fruto e a semente
possibilidades de encontro
não irrompem rente ao chão
mas nas alturas da mente
Boas Festas, prosa. E que continuemos sendo esse princípio de mundo potencial. A finitude pertence-nos, é sinal da poeira dissolvente e talvez última. Mas, viver como seres eternos, que se demoram na atenção de tudo, isso sim, parece-me um fim necessário e consistente. É sempre o caminho que importa. Apenas o caminho.
ResponderEliminarUm abraço de Natal.
É tão bonita essa crença no universo e no sentido da vida como esse todo e essa amálgama. Talvez um druida visse a Criação nessa perspetiva de aliança com a natureza. Um poema original para celebrar esta época de Natividade.
ResponderEliminarQue o fogo e a luz te aqueçam o coração neste Natal, no aconchego da tua família.
Observando la fotografía del fuego sentí el calor del hogar , el lugar por donde Papá Noel echa los regalos a los niños, la idea infantil de la navidad. Según seguía observando , de pronto, pasé a otra dimensión y reconocí en tu poema un canto a los cuatro elementos de la naturaleza : Fuego, Agua Tierra y Aire . Y, como dicen algunas teorías , los cuatro elementos unidos fueron el origen de todo y dieron lugar a la existencia del ser humano. Como dices en el ultimo verso , todo está - nas alturas da mente -.
ResponderEliminarMurmurava a mãe ao seu filho : « vindo do Além, gémeo da luz matutina, tu flutuavas na corrente
ResponderEliminarda vida universal, e vieste parar enfim neste meu coração » ( Tagore, A Origem ).Em sintonia. S+R