O sentido da vida
Foto :Alda Carvalho |
Subimos e descemos a montanha
vezes sem fim
desaguamos em mares
somos marés
em círculos concêntricos
ou tímidas espirais
ora rasgando as vestes
em rochosas saliências
ora batendo as asas
em animadas fremências
traçamos caminhos
e construímos quimeras
sozinhos ou acompanhados
levados seremos
que não somos totalmente
da nossa vida soberanos
somente do sentido que lhe damos
Tarefa que não é fácil: saber dar sentido à vida. Se a evolução for em espiral, parece mais fácil. Quando os círculos são concêntricos, o desalento se instala e o voo mal plana, então a queda livre pode ameaçar-nos. Há que lutar por manter alto o voo e dar sentido à vida, mesmo que por vezes rocemos as asas pelas falésias. Obrigada pelo lembrete. O poema é bonito.
ResponderEliminarÉ um facto, mesmo parecendo, não há soberania. E, por vezes, até o sentido falece. O absurdo existe, tem dias afirmativos. Mas o teu poema é de esperança, assim vão os dias.
ResponderEliminarBom fim de semana.
Mas de onde vem tanta inspiração?
ResponderEliminarFabuloso: lindo, harmonioso, equilibrado e especifica em palavras ,geometricamente distribuidas no espaço, o que sinto e não sei dizer.