Tumultos

 

Foto: Alda Carvalho


Noite de insónia

o tumulto dentro de mim

lá fora o vento e o frio

e o apelo do rio

 

Atravesso a ponte

a água cai em cascatas

e a calma 

entra em mim

 

um ponto de encontro

o tumulto das águas 

com o tumulto interior

em confronto


um lugar mágico 

no meio do tumulto

um portal para a mente


no silêncio tumultuado  

à roda das águas  

o tumulto ausente

Comentários

  1. O confronto e o chamammento da beleza do entorno pode apaziguar o tumulto da ansiedade e da aflição. Lavá-la. Isso é bom. E deu um poema muito bonito.

    ResponderEliminar
  2. Não se sabe porquê, mas sempre que nos irmanamos com a natureza - se acaso o conseguimos - , ela toma-nos e, por momentos, somos leves e diluídos. Julgo mesmo que nos insufla força e redistribui pesos. É mistério que assim seja, mas um mistério bom, há que cultivá-lo sobre a insónia.
    Um beijinho

    ResponderEliminar

Enviar um comentário

Mensagens populares deste blogue

Caminhar

O QUE ME INSPIRA *

Entre o sonho e a realidade