Longe de mim
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Foto:Alda Carvalho |
A relva macia e molhada
penetra-me a alma
o rio como fita prateada
segue-me os passos
um bando de asas dispersa-se no ar
a brisa suave envolve-me e dissolve-me
Tento saborear este generoso fora de mim
mas os pensamentos num frenesim
cativam-me noutras imagens
Luto com eles e por momentos
à paisagem regresso
Será que a mereço
Que bonito poema! Pois não hás de de merecer toda essa beleza em redor? O teu interior é-lhe equivalente - todos o sabem. A tempestade e a dureza dos pensamentos acontecem e não podes fugir-lhes. Também essa beleza do fora de ti, a que chamas generoso, é por vezes assolada pelo mau tempo - e nada pode fazer. Tudo é transitório. Há que aproveitar as réstias de sol.
ResponderEliminarAproveito para elogiar a qualidade do poema e do comentário feito sempre merecedor de elogios.
ResponderEliminarFotografia espetacular com toque profissional.
O tempo é limitado para contemplar a paisagem,mas enquanto pudermos vamos sempre admirá-la
Merece, Alda, merece.
ResponderEliminarAs paisagens maravilhosas, são como os bons amigos: Desejo-lhe que a continuem a rodear e inspirar.
A sua poesia vai-me directamente à alma.
Bens haja, Alda,
Tudo que a vida oferece a gente deve tomar, é para isso que ela oferece. E friso comentários anteriores: claro que mereces, Alda. Logo tu que pensas em toda a gente e és aquele amor de pessoa que nós sabemos.
ResponderEliminarAinda que as tempestades da vida sejam por vezes devastadoras e deixem marca. Como diz a Ana, é tudo transitório, e é preciso apreciar a luz e o calor das réstias sol.
Um abraço