Janelas I

 

Pintura a óleo: Alda Carvalho 




Da janela avisto a montanha

cores esbatidas no longe

mais perto pessoas passam

 

meus olhos tão longe e tão perto

desfazem-se em ternuras

 

e através de janelas de saudade

sonho suaves passos passados

 

Comentários

  1. Como é possível dizer tanto e tão bonito com tão poucas palavras ...
    Ternuras de passos passados, quem as não tem ?
    O que eu agora mais quero, é sentir ternuras nos passos futuros.

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  2. É já uma colecção de passos e janelas de saudade, preço pago por muito vivermos, sendo finitos. Atrás, no interior de cada uma, vive ainda quem pensamos, porque, já o dizia Déscartes, Pensar é Existir. Se bem que eu lhe responda que tal existência é uma desconformidade:). Mas sim, é uma existência. A que também nos adaptamos.
    Bom fim de semana, Alda

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  3. E também pintas. Uma maravilhosa janela cuja vista não conhecemos, mas podemos imaginar. Acredito que olhando para ela ouças esses passos. Ouvi-los-á certamente abrindo qualquer janela da alma. Há muita beleza no teu poema.

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