Caminhar
Foto: Alda Carvalho Caminhar respirar a frescura da manhã ou a suavidade cálida do entardecer os pés traçando o caminho sentindo a aspereza da pedra ou o fofo da relva em cada passada seja ela lenta ou apressada o seu ressoar em todo o ser é uma massagem energética e íntima não só ao corpo mas também à alma em reverência à paisagem
Tão belo e verdadeiro.
ResponderEliminarE dei comigo a pensar porque razão eu ando a quase totalidade do meu tempo, “nas nuvens”.
E o fio do pensamento levou-me ao Sartre que afirmou que “o inferno são os outros”.
E, numa epifania, percebi ainda melhor, que realmente é assim; em tudo o que depende somente de mim, eu resolvo, eu controlo, eu domino. O difícil, para mim, é resolver os problemas que envolvem “os outros”.
E eu também sei que sou um dos premiados pelo Universo porque já por diversas vezes, fui a excepção que confirma a regra. Quando tudo parecia inevitável e o fim a solução, os astros alinharam-se favoravelmente e o fim foi afastado para mais adiante.
E, por isso, eu continuo a resolver os problemas que só a mim dizem respeito; e os que envolvem “outro”, vou para as nuvens da minha imaginação e componho tramas inteiros, complexos e tantas vezes impossíveis, mas que me aproximam da resolução.
A resolução que é atingir o meu céu.
E então, vou para “as nuvens” porque vendo bem, sempre fico mais próximo do Céu.
Havia, numa novela, certa canção que dizia, "como nuvem passageira/ que com o vento se vai", assim somos nós. Por mais encastelados que estejamos, mais impantes do tamanho e da grandeza, ou mesmo da beleza, breve nos desfazemos de todo. Damos lugar no firmamento.
ResponderEliminarBoas Festas, Alda. E que 2025 te seja um ano suave