Viajando no tempo
Descalça
desço a escadaria
e os meus pés frios
entram na rua quinhentista
povoada de gente
Viajo ao passado
de sons e sensações
por entre a vozearia
ocupada em compras e vendas
de objectos e de almas
de prantos e de espantos
E assim me misturo
e deixo entre parênteses
o meu canto
Vestindo ora farrapos
ora sedas e brocados
arrasto-me nos sons
dos cascos das bestas
do tilintar das moedas
da música dos metais
e escuto os sinos chamando à
oração
numa babilónia de olhares
objectos e sentimentos
de vários lugares e tempos
convergentes
naquela rua de quinhentos
En estos versos intuyo la SAUDADE tan presente en el alma de Portugal. ! Genial¡
ResponderEliminarSempre a surpreender com boa poesia.
ResponderEliminarO leitor é arrastado no tempo para a época de quinhentos, parecendo vivê-la como se fosse hoje.
Não me ocorre outra palavra que não seja,genial.
Alberto
Eu gosto quando tu cantas as coisas que contas. E gosto de um blogue chamado prosa e que é poesia. E é bom encontrar-te na blogosfera.
ResponderEliminarÉ como num filme, com a personagem a percorrer ruas e a transportar-nos por um mundo de cruzamento de cheiros, cores, culturas. e fá-lo cantando essa alegria, sim.
EliminarAlguém andou a passear por uma feira medieval e foi transportado para esse tempo!
ResponderEliminarNão sei se escreve ou se descreve,
ResponderEliminarcomo não sei se leio ou se vejo
mas sei que me sinto lá.