O jogo do instante
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Foto:Alda Carvalho |
As pequenas coisas
os
pequenos nadas
as
coisas simples
despojadas
suspensas
que nos
acompanham
quotidianamente
se
iluminadas emergem
como uma
nova realidade
assim
desperta
Olhar
para além do estridente
do
faiscante
do
resplandecente
Observar
os detalhes as orlas
os
pequenos gestos
que
tecem a existência
pode ser
a janela
a porta
aberta
que à
nossa vida faltava
Olhar
para os instantes
é viver
a própria vida
com todos os cambiantes
O estridente, o faiscante, o resplandecente não é apetecível. Pode atrair o olhar, mas não o segura, é-lhe até danoso. Pois não é assim?
ResponderEliminarAs pequenas coisas têm pernas para andar - e por vezes altas, como as dos flamingos. Se a persistência do olhar e o empenhamento da mente e da emoção acertarem as suas órbitas. Então aí, as pequenas coisas podem-nos revelar grandes segredos que dão mais sentido à vida. Concordo. E o teu poema enquadra-nos, como a foto.
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