Banco de jardim


Foto: Alda Carvalho




Meu velho banco de jardim

à beira rio plantado

sempre à minha espera

debaixo do  meu pinheiro

 

Quantas conversas inaudíveis

já tivemos companheiro

quantos instantes perfeitos

já vivi junto a ti

 

Quanto de silêncios

de inquietações  de visões

em ti contemplei

quantas questões formulei

 

Janela debruçada sobre o instante

onde o mundo vem espreitar

gosto de em ti descansar

quando cansada de mim

 



Comentários

  1. A foto é tão bonita, que logo se percebe que ele é a personagem principal que fica contigo a olhar o rio e a ver o mundo exterior e interior a convergir para o seu colo e para os seus braços. Nós estamos por detrás dele e apercebemo-nos de que tu ou algum caminhante estão prestes a sentar-se e a partilhar com ele aqueles instantes de que o teu poema nos fala. É claro que não arredamos pé.

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  2. Um bom lugar para descanso de corpo e alma, os olhos em liberdade livre.

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  3. Lembro-me bem destes bancos colocados até à Torre Vasco da Gama,onde esperam por alguém cansado e onde convidam a meditar sobre a vida, com uma vista magnífica e apropriada para o efeito.Sugerem também uma viagem para a outra margem através da ponte.A paisagem torna-se deslumbrante em tempo de verão, e por vezes quando a maré está vazia vêem-se pessoas na apanha de ameijoas onde o sabor se torna inatingível devido à espécie e qualidade.

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