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A mostrar mensagens de abril, 2021

Mãe *

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  Cerâmica: Alda Carvalho   Suave balada tocada tão bem, eu ouço enlevada pensando em ti, Mãe. Retorno ao passado, ao reino das fadas: vejo-te a rainha. Duendes, fantasmas, todos se rendiam e tudo me davas com a tua varinha. Depois...eu cresci, mas tu és ainda a Fada que guia que ampara e sorri. E hoje só quero transformar em estrelas todos os meus sonhos, para com mil varinhas de estrelas ornadas tu possas, Mãezinha, continuar rainha no meio das fadas.                                             * Poema escrito na minha juventude      

Hino à Liberdade

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Aguarela: Alda Carvalho     Liberdade   Liberdade quantas vezes deserdados maltratados   perseguidos por jugos repetidos que gritos em vão por ti soltámos   Liberdade   Liberdade teu nome vilipendiado oculto   disfarçado por todo o lado debaixo da escravidão   soterrado por séculos te procurámos por ti sofremos por ti gritámos por ti morremos por ti nos conformámos   das funduras do tempo depois do desencanto    a chama escondida quase sempre irrompe em cascatas sucessivas renovando o seu canto   Liberdade   Liberdade  

Baloiço de encantos

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  Foto:Alda Carvalho     Estou deitada na rede entre duas olaias em flor oscilo e baloiço debaixo do dossel rosa e a relva a toda a volta   Como palmas votivas os ramos das olaias em rendilhada filigrana recortam farrapos de azul dando fundura ao que avisto   árvores em breves rumorejos corolas ondulantes em arco-íris de cores brilhantes pássaros em piares amorosos  sussurro intenso de insectos   A primavera é isto encontro  dança  canção uma profusão de encantos explanação minuciosa de amor e vida em explosão

Glicínea

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Foto: Alda Carvalho Cada pingente pendente numa cascata fremente balança suavemente ao ritmo da brisa ou do pousar do zangão espalhando no ar seu perfume e pétalas lilás pelo chão   A glicínea crescente com seus pingentes pendentes big bang em expansão enlaça qualquer obstáculo que se avizinhe e a aconchegue seja árvore  parede ou pináculo  ou telhado simplesmente   seu tronco recurvado e retorcido flexibilidade de liana tentadora desfaz-se em múltiplos abraços esparramando-se pelo espaço com seus pingentes pendentes a espreitar por todo o lado   É pena que a sua lilás beleza de pingentes pendentes e cascatas frementes    seja tão efémera um breve mês de primavera  

Procura-se o instante

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Foto: Alda Carvalho Procura-se o instante indelével e sublime que tudo enalteça em que o véu se rompa e com toda a pompa o céu compareça nítido e brilhante