Só com gestos de dança
Foto:Alda Carvalho

Só com gestos de dança
se pode iniciar a viagem
a lucidez
a miragem
a frescura da manhã
Só com gestos de dança
se pode compreender a sede
a seda
a rosa
a grandeza do infinito
Só com gestos de dança
se pode compreender a vida
a ausência
a impermanência
a essência dos seres finitos
Só com gestos de dança
se pode acolher a dor
a ferida
o impossível
o invisível
Só com gestos de dança
se pode aceder ao amor
Espero bem que os gestos de dança mentais também contem, ou não atinjo nada do que importa. Mas, por exemplo, atingi que a tua poesia melhora dia a dia, estás a ficar suprema, Prosa, calma aí.
ResponderEliminarE o que gosto de lírios - o da foto ficou bem no retrato. Tenho assim uns brancos todos artísticos e torneados e a que faço olhos estupefactos, como é que eles, sem pensar nem vontade, conseguem tal beleza; é um enigma, a natureza tem isso, é muito enigmática. E é que cheiram lindamente. Mas os amarelos - que também tenho - cheiram a plástico queimado e a lindeza fica-lhes comprometida. Os roxos - os teus e também os meus - não cheiram, são só bonitos e vibrantes, florescem assim da terra, meio apaixonados. Vai-lhes a vida na cor.
E acabou-se a minha corda para lírios.
Bom fim de semana
Cruzaste-te com esse ser vivente, dançante, alado, impermanente que te segredou essas verdades violáceas. E delas fizeste um lindo poema. É o que acontece a quem sabe olhar os lírios do campo.
ResponderEliminarSem comentário - Lindo, sublime.
ResponderEliminarDancemos, pois …
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