Uma questão de sorte?

Foto: Alda Carvalho Seja uma bomba, um tornado um furacão a sorte mora ao lado da destruição Num imenso oceano de destroços a fronteira entre a vida e a morte é uma questão de sorte Uma só árvore pode ficar de pé ou uma simples flor ou qualquer outro ser resistir único no meio da destruição sem sabermos porquê Não há um sempre nem um nunca mas há um agora um antes e um depois nem sempre nesta ordem exata Abro-me ao inconsciente ao dentro e ao fora de mim às equações matemáticas sistemáticas que definem o tempo e o espaço mesmo quando não há tempo e o espaço parece desaparecer ou expandir-se infinito a cada passo ou a cada nova visão E nesta indecisão acredito que o mais certo é o tempo que passo com as pessoas e isso inspira-me mais que o resto.